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Pequenos cientistas: viaje no mundo das células

Organizadora: Cisnara Pires amaral

Esta obra é a segunda publicada pelo Curso de Ciências Biológicas da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões URI – Santiago, agora com os acadêmicos do III Semestre, na disciplina de Laboratório de Ensino de Ciências (LEC). Novamente organizada pela professora Cisnara Pires Amaral, além de ser uma das autoras. Esta obra tem o intuito de levar aos discentes o conhecimento científico através da literatura infantil, relacionando os conhecimentos vistos no 7º e 8º anos do ensino fundamental.

Contato com a organizadora:

cisnara@yahoo.com.br

Uma história nada comum: viaje no mundo dos vertebrados

Organizadora: Cisnara Pires Amaral

Apresentação, pela organizadora:

Apresento-lhes a obra criada na disciplina de Laboratório de Ensino de Ciências IV, onde os acadêmicos do curso de Ciências Biológicas, da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI/Santiago, foram estimulados a criar uma história infantil sobre os vertebrados, enfatizando seus conhecimentos científicos sobre peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos.

Compartilho com vocês minha satisfação em coordenar essa atividade na qual ocorreu empenho e dedicação ao produzir um livro que apresentasse os conhecimentos trabalhados na universidade, dividindo com as crianças do ensino fundamental o respeito, o amor e as curiosidades sobre as diferentes espécies.  Processo fundamental para que os discentes conheçam e respeitem os seres vivos, compreendendo a importância de cada um para o equilíbrio do meio ambiente.

Também entendo a importância das histórias infantis para a formação da criticidade, método capaz de aguçar a imaginação, despertar a curiosidade e o espírito aventureiro, percebendo que através da literatura pode-se desenvolver o respeito e interesse pelo nicho ecológico de alguns vertebrados.

Agradeço a cada um de vocês que, como eu, acreditam na educação, que buscam novas ferramentas para auxiliar no trabalho docente em momentos de total desvalorização profissional, que sonham com uma educação pública de qualidade, que utilizam recursos próprios para que possam desenvolver a criticidade, aguçar a curiosidade e aprimorar o aprendizado.

Eu sei o quão difícil é a atuação docente, porém não percamos as esperanças em deixar no coração de nossos discentes marcas de aprendizado e conhecimento. Desse modo, busquem práticas que atuem de forma significativa, que permitam aprendizado coerente, que tornem os conteúdos científicos envolventes, com novos conceitos e significados.

De outro modo, o professor convive diariamente com a falta de interesse, desmotivação e atitudes inadequadas dos alunos. Situações que não podem corresponder a uma condição passiva do docente.  Ele deve buscar métodos que enriqueçam o aprendizado, porém deve ter o cuidado de não realizar atividades práticas sem realizar analogias com os conceitos estudados, pois dessa forma estar-se-á induzindo a repetição de conceitos sem significância.

Atividades pedagógicas precisam ser bem elaboradas, envolventes, as quais oportunizem o compartilhamento dos saberes, a troca de opiniões, a atitude de valorização do outro, o aprendizado.

Saliento ainda que o mercado de trabalho busca profissionais que apresentem em seus perfis a autonomia, a flexibilidade e, por último e não menos importante, a eficiência.  Então pergunto, todas essas características poderão ser adquiridas/produzidas em salas de aulas que reproduzem conhecimento científico e repetições de palavras?

Certamente vocês já sabem a resposta, lembro da obra de Celso Antunes “Professores e Professauros”, livro que faz comparações entre as formas de atuação docente. Gostaríamos, nós, de ser chamados de “professauros”? Quais seriam as nossas perspectivas em relação à docência?

Penso que se deve acreditar no potencial dos alunos, buscando satisfação em respostas que estão aquém do imaginário, as quais exercitem todas as possibilidades do cérebro, que superem as dificuldades. Lembremos que a forma de organizar as atividades de ensino/aprendizagem seleciona e reforça certas atitudes em nossos alunos (POZO: CRESPO, 2009).

Desse modo, questiono vocês, professores: quais as atitudes que gostaria que tivessem os alunos? Pensem bem. Façam uma autocrítica. Eu gostaria de assistir a aula que estou ministrando? As perguntas servem para que se possa compreender que não existem respostas prontas, mas que existem métodos que poderão contribuir para que se possa tornar as disciplinas mais envolventes e dinâmicas. É, urgentemente, necessário que os alunos desenvolvam o gosto pela leitura, a viagem pelo saber, a imaginação e que, além disso, o conhecimento científico esteja relacionado à literatura e faça parte do cotidiano do aluno. Esse foi o intuito do trabalho, espero que tenha contribuído para que vocês reflitam sobre a importância da atuação docente e o uso de novas metodologias para a ressignificação de conceitos, auxiliando para que a aprendizagem esteja aquém do currículo específico.

Desejo a vocês uma ótima viagem ao conhecimento!

Contato com a organizadora:

cisnara@yahoo.com.br

Práticas pedagógicas de ciências e biologia

Autora: Cisnara Pires Amaral

É notório que as práticas pedagógicas auxiliam o trabalho do docente, enriquecem o ambiente, tornando a aprendizagem significativa. Este livro propõe a descoberta do prazer em aprender e conhecer. Pensamos nas possibilidades que se apresentam em termos de relações humanas em uma sala de aula e em todos os desafios que brotam do compromisso de educar, respeitando as diferenças, equilibrando-se a autoridade, estimulando a criatividade, a responsabilidade e elegendo novas formas de aprendizagem que sejam prazerosas.

Vivemos a constante preocupação com o processo de aprendizagem; por esse motivo, não podemos deixar de reconhecer que, muitas vezes, o professor é o problema, mas podemos afirmar categoricamente que também é a solução.  O professor sabe que ensinar faz parte de sua cultura, da sua valorização, significando difundir conhecimento, impondo normas e convenções para que o aluno aprenda significativamente (ANTUNES, 2009).

No contexto educacional, vivenciamos aprendizagem na sala de aula, em momentos determinados, favorecendo apenas alguns alunos, assim precisamos expandir o conceito de aprendizagem desfragmentando os conhecimentos através de práticas, de incentivo à leitura que não podem ser realizadas em momentos pré-estabelecidos em que é necessário vencer currículos determinados, concluindo que existem diferentes situações de aprendizagens e que determinados alunos precisam de atenção, estimulação e desafios.

Uma aula de verdade não se confina à sala de aula, situações de aprendizagem não estão ligadas a espaços determinados. É necessário rever posicionamentos como elo estimulador de desafios. Antunes (2009) afirma que conhecimento e informação são palavras que se confundem e, ainda que muitos professores saibam como efetivamente transformar informação em conhecimento, não é este saber, infelizmente, de domínio comum.

Diante disso, o professor precisa ser visto como profissional da aprendizagem, não do ensino; deve aí unir duplo desafio: saber aprender bem, para, em decorrência, saber fazer o aluno aprender bem (DEMO, 2006).

Compreendemos que aprender Ciências ou Biologia deverá ser além de aprender palavras difíceis um misto de encantamento, descoberta e motivação, formando novas concepções a partir das existentes, trazendo a sala de aula para dentro do laboratório, contextualizando assuntos que passariam certamente despercebidos.

Dessa forma, aprender ciências é uma das coisas que os estudantes querem quando se dirigem à escola, portanto realizar práticas em laboratório é de fundamental importância para a concretização da aprendizagem. Certamente, utilizar atividades prazerosas tornam a docência encantadora e auxiliam nossa valorização pessoal.

Contato com a autora:

cisnara@yahoo.com.br