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Uma história nada comum: viaje no mundo dos vertebrados

Organizadora: Cisnara Pires Amaral

Apresentação, pela organizadora:

Apresento-lhes a obra criada na disciplina de Laboratório de Ensino de Ciências IV, onde os acadêmicos do curso de Ciências Biológicas, da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI/Santiago, foram estimulados a criar uma história infantil sobre os vertebrados, enfatizando seus conhecimentos científicos sobre peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos.

Compartilho com vocês minha satisfação em coordenar essa atividade na qual ocorreu empenho e dedicação ao produzir um livro que apresentasse os conhecimentos trabalhados na universidade, dividindo com as crianças do ensino fundamental o respeito, o amor e as curiosidades sobre as diferentes espécies.  Processo fundamental para que os discentes conheçam e respeitem os seres vivos, compreendendo a importância de cada um para o equilíbrio do meio ambiente.

Também entendo a importância das histórias infantis para a formação da criticidade, método capaz de aguçar a imaginação, despertar a curiosidade e o espírito aventureiro, percebendo que através da literatura pode-se desenvolver o respeito e interesse pelo nicho ecológico de alguns vertebrados.

Agradeço a cada um de vocês que, como eu, acreditam na educação, que buscam novas ferramentas para auxiliar no trabalho docente em momentos de total desvalorização profissional, que sonham com uma educação pública de qualidade, que utilizam recursos próprios para que possam desenvolver a criticidade, aguçar a curiosidade e aprimorar o aprendizado.

Eu sei o quão difícil é a atuação docente, porém não percamos as esperanças em deixar no coração de nossos discentes marcas de aprendizado e conhecimento. Desse modo, busquem práticas que atuem de forma significativa, que permitam aprendizado coerente, que tornem os conteúdos científicos envolventes, com novos conceitos e significados.

De outro modo, o professor convive diariamente com a falta de interesse, desmotivação e atitudes inadequadas dos alunos. Situações que não podem corresponder a uma condição passiva do docente.  Ele deve buscar métodos que enriqueçam o aprendizado, porém deve ter o cuidado de não realizar atividades práticas sem realizar analogias com os conceitos estudados, pois dessa forma estar-se-á induzindo a repetição de conceitos sem significância.

Atividades pedagógicas precisam ser bem elaboradas, envolventes, as quais oportunizem o compartilhamento dos saberes, a troca de opiniões, a atitude de valorização do outro, o aprendizado.

Saliento ainda que o mercado de trabalho busca profissionais que apresentem em seus perfis a autonomia, a flexibilidade e, por último e não menos importante, a eficiência.  Então pergunto, todas essas características poderão ser adquiridas/produzidas em salas de aulas que reproduzem conhecimento científico e repetições de palavras?

Certamente vocês já sabem a resposta, lembro da obra de Celso Antunes “Professores e Professauros”, livro que faz comparações entre as formas de atuação docente. Gostaríamos, nós, de ser chamados de “professauros”? Quais seriam as nossas perspectivas em relação à docência?

Penso que se deve acreditar no potencial dos alunos, buscando satisfação em respostas que estão aquém do imaginário, as quais exercitem todas as possibilidades do cérebro, que superem as dificuldades. Lembremos que a forma de organizar as atividades de ensino/aprendizagem seleciona e reforça certas atitudes em nossos alunos (POZO: CRESPO, 2009).

Desse modo, questiono vocês, professores: quais as atitudes que gostaria que tivessem os alunos? Pensem bem. Façam uma autocrítica. Eu gostaria de assistir a aula que estou ministrando? As perguntas servem para que se possa compreender que não existem respostas prontas, mas que existem métodos que poderão contribuir para que se possa tornar as disciplinas mais envolventes e dinâmicas. É, urgentemente, necessário que os alunos desenvolvam o gosto pela leitura, a viagem pelo saber, a imaginação e que, além disso, o conhecimento científico esteja relacionado à literatura e faça parte do cotidiano do aluno. Esse foi o intuito do trabalho, espero que tenha contribuído para que vocês reflitam sobre a importância da atuação docente e o uso de novas metodologias para a ressignificação de conceitos, auxiliando para que a aprendizagem esteja aquém do currículo específico.

Desejo a vocês uma ótima viagem ao conhecimento!

Contato com a organizadora:

cisnara@yahoo.com.br

Educação ambiental, republicanismo e o paradigma do Estado de Direito do ambiente

Autor: Domingos Benedetti Rodrigues

O tema central desta tese é a educação ambiental, republicanismo e o paradigma do Estado de direito do ambiente]. Cabe ressaltar que a pesquisa refere-se à educação ambiental escolar, ou seja, a educação ambiental formal desenvolvida em todos os níveis e modalidades de ensino escolar, assim definida pela legislação brasileira a respeito do assunto. Para produzir o texto, delimitou-se no estudo dos aspectos importantes das matrizes republicanas da modernidade, na tradição educacional republicana brasileira, na educação ambiental como um paradigma emergente da contemporaneidade e na educação ambiental e a perspectiva do Estado de direito do ambiente.

A importância do tema da presente pesquisa justifica-se por contribuir com os estudos referentes à educação ambiental escolar, o republicanismo e o Estado de direito do ambiente, num momento em que as coletividades e as instituições nacionais e internacionais aprofundam o debate a respeito da necessidade de promoção do equilíbrio ambiental local, regional, nacional e global como fator de qualidade de vida.

As razões para a escolha do tema residem em três dimensões:

a) no fato de que a educação ambiental foi recomendada pelas Conferências Internacionais a respeito do assunto e tornou-se obrigatória pela legislação interna brasileira;

b) o princípio do republicanismo é discutido desde a época dos gregos e romanos e se firma com as matrizes republicanas da modernidade, que, por sua vez, vem confrontando com a forma de governar adotada pelos governos de cada época;

c) a utilização do termo Estado de direito do ambiente advém da terminologia Estado de direito democrático e ambiental, Estado de direito ecológico, Estado de direito ambiental, Estado do ambiente e, por vezes, até mesmo Estado de direito do ambiente, que é utilizada pelos autores vinculados ao assunto. Diante disso, o objetivo geral desta pesquisa fundamenta-se em estudar a educação ambiental, o republicanismo e o paradigma do Estado de direito do ambiente.

Contato com o autor:

mingojuslex@yahoo.com.br

Educação Ambiental: Escolas Sustentáveis e Com-Vida

Relatos de Experiências Santa Maria e Região

Organizadoras: Ane Carine Meurer; Márcia Eliane Leindcker da Paixão; Andrea Pereira Lock; Anna Christine Ferreira Kist; Caroline Lacerda Dorneles.

Excerto da Apresentação do livro:

Esta publicação nasceu do Curso de Extensão em Educação Ambiental: Escolas Sustentáveis e Com-Vida, do catálogo de cursos da SECADI, e oferecido pela UFSM como projeto institucional. O curso tinha como objetivo contribuir para a implementação das Políticas Ambientais por meio da formação de um coletivo escolar voltado à criação de espaços educadores sustentáveis nas escolas da Educação Básica, a partir do espaço físico, da gestão e do currículo. O curso se deu na modalidade semipresencial em quatro módulos e com quatro encontros presenciais. Os encontros ocorreram nos polos de Santa Maria, São Gabriel e Júlio de Castilhos, no estado do Rio Grande do Sul.

As questões ambientais continuam sendo um grande desafio para a educação de um modo geral e para as escolas de um modo específico. Elas põem em questão as ações humanas e a dominação da natureza. Esses questionamentos merecem a atenção de toda comunidade escolar para enfrentar tais desafios e pensar em estratégias de cuidado e de mudança de pensamento em relação ao meio ambiente.

Escolas Sustentáveis e Com-Vida se constituem em embriões que futuramente discutirão a implementação de propostas sustentáveis no contexto escolar. O curso teve uma breve duração, mas o seu conteúdo fez um grande contraponto aos megaempreendimentos de monopólio ambiental e possibilitou a reflexão e o envolvimento da comunidade escolar, na ideia de pensar e construir escolas e vidas sustentáveis.

A riquíssima experiência, dos cursistas de diferentes escolas, vivenciada nos espaços virtuais e presenciais durante o curso, impulsionou a ideia de sistematizar e publicar um livro. Nos artigos aqui apresentados, há diferentes conteúdos e experiências construídas a partir da relação entre escola e meio ambiente. Os textos nos convidam a reconstruir a forma de pensar e compreender a relação com a natureza a partir do espaço escolar.

Pensar e viver uma escola sustentável é inverter a lógica do sistema econômico-mercantil hegemônico vigente e envolver toda a comunidade escolar para repensar a respeito de nossa responsabilidade com a natureza.
Assim, entregamos este livro para a leitura e diálogos. Ao final da obra consta a lista das pessoas que participaram dessa formação e que arquitetaram com muito entusiasmo e amor as propostas, as reflexões e partilham suas experiências.

Nós, da UFSM, não nos cansamos de acreditar que as mudanças necessárias para um mundo mais justo, solidário, saudável, livre e democrático, isso ocorre por intermédio das pessoas, a partir dos espaços educativos e formativos. O convite está feito. Boa leitura!

Contato com as organizadoras:

anemeurer@gmail.com
marciapaixao12@gmail.com