Organizadoras: Helenise Sangoi Antunes; Liane Teresinha Wendling Roos; Graziela Franceschet Farias; Debora Ortiz de Leão; Anemari Roesler Luersen Vieira Lopes
A formação de professores desenvolvida no âmbito do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – PNAIC, representou, sem sombra de dúvida, um grande avanço no modelo de formação continuada nos mais diversos contextos e regiões do nosso país.
Não obstante, esse (im)pacto pode ser observado igualmente na mudança da relação dos(as) alfabetizadores(as) com a leitura, a escrita e a oralidade.
Por se tratar de uma formação de e para professores(as), a equipe do PNAIC/UFSM vem propondo desafios pessoais e profissionais aos(as) que dela participam.
Entendemos que é preciso retomar constantemente essa relação com a língua escrita para que possamos, efetivamente, qualificar o processo de alfabetização infantil como competentes profissionais dessa área.
Nas páginas desse livro os leitores encontrarão uma amostra, um registro escrito a partir de um processo formativo muito bem cuidado, regado diariamente, como uma planta pela qual nutrimos apreço e, na mesma medida, somos conscientes de pertencer ao mesmo ecossistema.
Contato com as organizadoras:
Autora: Cisnara Pires Amaral
É notório que as práticas pedagógicas auxiliam o trabalho do docente, enriquecem o ambiente, tornando a aprendizagem significativa. Este livro propõe a descoberta do prazer em aprender e conhecer. Pensamos nas possibilidades que se apresentam em termos de relações humanas em uma sala de aula e em todos os desafios que brotam do compromisso de educar, respeitando as diferenças, equilibrando-se a autoridade, estimulando a criatividade, a responsabilidade e elegendo novas formas de aprendizagem que sejam prazerosas.
Vivemos a constante preocupação com o processo de aprendizagem; por esse motivo, não podemos deixar de reconhecer que, muitas vezes, o professor é o problema, mas podemos afirmar categoricamente que também é a solução. O professor sabe que ensinar faz parte de sua cultura, da sua valorização, significando difundir conhecimento, impondo normas e convenções para que o aluno aprenda significativamente (ANTUNES, 2009).
No contexto educacional, vivenciamos aprendizagem na sala de aula, em momentos determinados, favorecendo apenas alguns alunos, assim precisamos expandir o conceito de aprendizagem desfragmentando os conhecimentos através de práticas, de incentivo à leitura que não podem ser realizadas em momentos pré-estabelecidos em que é necessário vencer currículos determinados, concluindo que existem diferentes situações de aprendizagens e que determinados alunos precisam de atenção, estimulação e desafios.
Uma aula de verdade não se confina à sala de aula, situações de aprendizagem não estão ligadas a espaços determinados. É necessário rever posicionamentos como elo estimulador de desafios. Antunes (2009) afirma que conhecimento e informação são palavras que se confundem e, ainda que muitos professores saibam como efetivamente transformar informação em conhecimento, não é este saber, infelizmente, de domínio comum.
Diante disso, o professor precisa ser visto como profissional da aprendizagem, não do ensino; deve aí unir duplo desafio: saber aprender bem, para, em decorrência, saber fazer o aluno aprender bem (DEMO, 2006).
Compreendemos que aprender Ciências ou Biologia deverá ser além de aprender palavras difíceis um misto de encantamento, descoberta e motivação, formando novas concepções a partir das existentes, trazendo a sala de aula para dentro do laboratório, contextualizando assuntos que passariam certamente despercebidos.
Dessa forma, aprender ciências é uma das coisas que os estudantes querem quando se dirigem à escola, portanto realizar práticas em laboratório é de fundamental importância para a concretização da aprendizagem. Certamente, utilizar atividades prazerosas tornam a docência encantadora e auxiliam nossa valorização pessoal.
Contato com a autora:
Organizadoras: Carla Cristine Tramontina; Evandra Maria Cervieri Trentin; Raquel Ardais Medeiros Ferlin
O livro Saberes na Educação: uma construção coletiva é o resultado de uma parceria entre a Faculdade da Associação Brasiliense de Educação/FABE e o Poder público Municipal. Este projeto iniciou no ano de 2011, na disciplina de Estágio supervisionado, do Curso de Pedagogia, da Instituição. Na ocasião, os acadêmicos dos semestres finalistas, foram desafiados a relatar suas práticas, através da produção de artigos, contendo o trabalho desenvolvido. Como muitos acadêmicos atuavam nas Escolas Municipais de Educação Infantil e Ensino Fundamental, o convite foi ampliado aos professores municipais, surgindo assim, a parceria entre as Instituições.
O trabalho aqui apresentado está organizado em três eixos principais: Gestão, Tecnologia e Educação, Práticas da Educação Infantil e Práticas do Ensino Fundamental, os quais indicam as temáticas desenvolvidas pelos autores. O primeiro eixo aborda a forte presença das tecnologias no cotidiano, bem como a gestão e seus impactos no âmbito escolar. Nos eixos seguintes, temos a apresentação de artigos com contribuições relativas ao ensino e aprendizagem de diferentes áreas do conhecimento, assim como experiências formativas de docentes atuantes na Educação Infantil e no Ensino Fundamental. Tais subsídios colaboram para dinamizar o ensino e a promover a aprendizagem dos envolvidos no universo educacional.
Ainda entende-se que há necessidade de transformar a escola num espaço de construção de conhecimento, não apenas de reprodução de ideias, mas de interação em que o sujeito torne-se protagonista do processo. Nesse sentido, a pesquisa se torna peça chave da formação dos indivíduos, os preparando para requerer um olhar científico e indagador, e a experiência com a pesquisa possibilita trazer à tona todo esse potencial humano, pois o processo de aprendizagem é de extrema complexidade.
Reforçando essa discussão, Demo aponta que “Pesquisa é o processo que deve aparecer em todo o trajeto educativo” (DEMO, 1997, p.16). Assim sendo, os professores devem tomar a docência em seu conjunto, envolvendo ensino e pesquisa, duas grandezas que devem estar ligadas na produção de novas descobertas resultantes de experiências vivenciadas no espaço escolar.
Dessa forma, esta obra busca subsidiar o debate sobre as temáticas educativas e incentivar a pesquisa como um elemento que estimula a curiosidade, supera paradigmas e amplia os horizontes do conhecimento do indivíduo para superação e transformação da realidade.
Contato com as organizadoras:
carla.tramontina@pmmarau.com.br
evandra.trentin@pmmarau.com.br
Autores: Valdo Barcelos; Sandra Maders
A preocupação com a educação é algo muito presente na extensa obra de Maturana. Sua compreensão do educar se apresenta como um conjunto de proposições que, se levadas em conta, poderão promover uma mudança radical no sentido do ato de educar as crianças, os jovens e os adultos.
Para esse autor, a conduta do(a) professor(a) deve ser de aceitação da criança como um ser legítimo em sua totalidade, no presente vivido e não como uma etapa momentânea de passagem para a vida adulta. A educação deve se assentar na formação humana e não na técnica. O espaço escolar deve proporcionar atividades acessíveis ao seu fazer e que incentivem a criança a olhar para esse fazer com liberdade para mudá-lo quando o desejar. O que deve ser buscado é a ampliação da capacidade de reflexão da criança e não a transformação de seu ser, mas, sim, de seu fazer.
Nesta perspectiva, o âmbito educacional deve privilegiar a amorosidade e jamais a competição que, ao invés de aceitar o outro na sua legitimidade, promove sua negação. Há que ter presente que as dificuldades de aprendizagem que a criança por ventura demonstre não decorrem de uma incapacidade intelectual. Decorrem da negação do amor como a principal emoção da convivência. Isto se corrige restituindo à criança o espaço da emoção de amar e de brincar na liberdade.
A educação não deve se preocupar em formar crianças para serem úteis à sociedade, mas, sim, que cresçam integrados à comunidade que vivem. A preocupação da educação não deve ser orientada para os resultados do ato educativo no futuro, mas, sim, deve estar voltada para os fazeres da criança no momento de seu fazer: o presente.
Contato com os autores: